“O Baixo Sul é um território de muitos rios, muitas nascentes. Temos também nossos manguezais que são berçários marinhos e por isto proponho a implantação de emissários submarinos que reduzam a poluição dos manguezais, o que ajudaria muito as populações ribeirinhas”. A fala, permeada pela preocupação com a poluição das águas, é da estudante e representante estudantil do Colégio Estadual Adelaide Souza, do município Nilo Peçanha, Railane Vitória, que, junto a outros atores sociais de diversos setores da sociedade civil, participou da escuta social que apontou as prioridades de investimento do Governo da Bahia no território Baixo Sul para os próximos quatro anos, informações que irão subsidiar a elaboração do Plano Plurianual 2024-2027.

Foto: Jornal Valença Agora

A preocupação de Railane é justificável. O Território Baixo Sul, cuja maior parte está inserida na Bacia Hidrográfica do Recôncavo Sul, é uma área densa em cursos d’água, canais naturais, ilhas e terrenos sujeitos à inundação. Dentre os principais rios estão o Camurugi, Choró, Da Dona, Da Passagem, Das Almas, Igrapiúna, Jequiriçá, Preto e Una, este desaguando no oceano Atlântico, em Valença. Os espelhos d’água mais importantes são as lagoas Da Tabatinga, De Garapuá e Santa, em Aratuípe, Cairu e Ituberá, respectivamente.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, André Joazeiro, que esteve presente na plenária de Valença, o PPA Participativo é mais uma ferramenta de democracia cidadã implementada pelo Governo do Estado. “Esses encontros qualificam a formulação das políticas públicas, propiciando a escuta social e o debate. Esse é mais um princípio da atual gestão, que amplia a democracia participativa. Participação social é sinônimo de democracia, e planejamento é cuidar do futuro, compromisso com a juventude”.

A escuta social nos territórios, iniciativa que garante a participação da sociedade civil no planejamento do governo estadual acontece desde 2007, sob a coordenação das secretarias estaduais do Planejamento (Seplan) e de Relações Institucionais (Serin). O diálogo entre Governo do Estado e a sociedade civil é valorizada por Edmundo Oliveira, Delegado da Ordem dos Músicos de Valença e Baixo Sul, que defende investimentos nas áreas da saúde, educação e cultura. “Muito importante este PPA, a escuta do governo para se inteirar do que os munícipes desejam pra seu município e para o desenvolvimento do estado”, afirmou.

A plenária presencial consolida o trabalho iniciado desde a formação do Grupo de Trabalho Territorial (GTT), etapa que reuniu atores sociais com atuação reconhecida nos municípios para, por ordem de importância/prioridade, classificar as 10 melhores proposições de políticas públicas para atender as necessidades da população, a partir dos eixos temáticos do Plano de Desenvolvimento Integrado - PDI-2035. Governamental. Além da relação de prioridades elencadas pelo GTT, os participantes que estiveram reunidos no encontro puderam contribuir com novas propostas para votação e escolher três opções dentro das áreas de: Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação; Segurança Pública e Defesa Social; Meio Ambiente e Segurança Hídrica; Desenvolvimento Produtivo; Desenvolvimento Rural; Desenvolvimento Urbano, Rede de Cidades, Infraestrutura e Logística; Saúde; Assistência Social; Garantia de Direitos; Igualdade de Gênero e Povos e Comunidades Tradicionais; Cultura e Gestão Governamental.

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O Território do Baixo Sul é composto pelos municípios de Aratuípe, Cairu, Camamu, Gandu, Ibirapitanga, Igrapiúna, Ituberá, Jaguaripe, Nilo Peçanha, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Taperoá, Teolândia, Valença e Wenceslau Guimarães.

 

Fonte: Ascom GOV/BA | Fotos: Valença Agora

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