Estudantes fazem um protesto contra desvios de verba para a merenda, contra o fechamento de escolas e por melhores condições de educação, nesta terça-feira (29), em São Paulo. Os adolescentes se reuniram na esquina da Avenida Paulista com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, de onde partiram em caminhada para a Assembleia Legislativa de São Paulo.

Estudantes protestam contra máfia da merenda, em São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)

Estudantes protestam contra máfia da merenda, em São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)

Operação
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual realizam na manhã desta terça-feira (29) a segunda fase da Operação Alba Branca, que investiga a suspeita de fraude em licitações da merenda escolar em 22 cidades paulistas nos últimos dois anos.

Em nota, a Delegacia Seccional de Bebedouro (SP), sede da operação, informou que sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão foram cumpridos desde as 6h em Bebedouro, Barretos (SP), Severínia (SP), Campinas (SP) e na capital paulista.

Veja lista dos presos na Operação Alba Branca nesta terça-feira:

- Sebastião Miziara, presidente da Uvesp
- Leonel Julio, ex-presidente da Alesp
- Emerson Girardi
- Aluísio Girardi Cardoso
- Joaquim Geraldo Pereira da Silva
- Carlos Eduardo da Silva, ex-diretor da Coaf
- Luis Carlos da Silva Santos

O caso
O esquema começou a ser investigado no segundo semestre do ano passado. Em 19 de janeiro, seis suspeitos foram presos: o presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva, o ex-presidente Cássio Chebabi, o diretor Carlos Luciano Lopes e os funcionários Adriano Gilberto Mauro, Caio Pereira Chaves e César Bertholino. Após acordo de delação, todos foram soltos.

Segundo a polícia e o MP, os suspeitos relataram um esquema envolvendo pagamento de propina a funcionários públicos e deputados estaduais para que licitações destinadas à compra de merenda escolar fossem fraudadas em benefício da Coaf, com sede em Bebedouro.

Entre os investigados estão o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Fernando Capez (PSDB) e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita. Ambos negam as acusações, bem como qualquer vínculo com a Coaf.

Ainda de acordo com os interrogados, as propinas variavam entre 10% e 30% do total do contrato que seria firmado entre a Coaf e a prefeitura, e esse valor era acrescido no preço final, o que ocasionava um superfaturamento dos produtos negociados.

O delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, explicou que a investigação do caso teve início após um ex-funcionário da Coaf procurar o 1º Distrito Policial da cidade para denunciar o suposto esquema.

 

Fonte: G1/Foto: Roney Domingos/G1

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