Natural de Jequiriçá e morador de Valença, o artista plástico João Francisco de Almeida Sampaio, faleceu na última quarta-feira (2), aos 91 anos, na Santa Casa de Misericórdia de Valença, acometido por choque hipoglicêmico e anemia. Sampaio, como era carinhosamente conhecido, deixa duas filhas, Regina e Mônica.

Sampaio era um assíduo leitor, assinante e admirador do Jornal Valença Agora. Por inúmeras vezes visitou a redação do jornal para renovar sua assinatura e conversar com a equipe do veículo de comunicação. Em uma dessas oportunidades, Sampaio classificou a leitura como algo de “importância extraordinária, é a coisa mais importante para uma pessoa civilizada”. “Desde que conheci o Jornal Valença Agora eu ‘noivei’ porque a minha relação com a leitura é antiguíssima, vem de muitos anos, desde a minha infância. A leitura me serviu como fonte de informação e de muito conhecimento”, afirmou Sampaio em sua visita ao JVA.

Sampaio e Vidalto Oiticica, diretor do Jornal Valença Agora durante uma de suas inúmeras visitas à redação do semanário (Foto: Valença Agora)

Sampaio não tinha familiares em Valença, a sua sobrinha compareceu ao funeral e agradeceu aos amigos valencianos que sempre o ampararam. “Agradecer por tudo que vocês fizeram, pelo amor, pelo carinho e que Deus possa abençoar vocês porque hoje em dia pessoas como vocês são joias raras”, disse.

O diretor do JVA, Vidalto Oiticica prestou suas últimas homenagens ao amigo e cliente. “Eu estava pensando muito numa palavra que sintetizasse a figura de Sampaio e a palavra que mais me simpatizei foi gentleman (cavalheiro). Tivemos o privilégio de conviver com um ser humano ímpar, um cidadão digno, uma pessoa que era admirável no seu se portar, no seu conduzir, no entrar e no sair, foi uma pessoa que muito nos ensinou e muito contribuiu com a raça humana só pela existência dele. É uma pena que seus familiares mais próximos não tiveram a oportunidade de usufruir do patrimônio que Sampaio construiu. Ele por ser um amante dos traços, das artes, conseguiu fazer no seu transitar uma ‘pintura’, e essa ‘pintura’ engrandecia, encantava todos aqueles que tinha contato com ele, por isso, creio que ele conseguiu se preencher enquanto ser e isso é merecedor de toda honra e toda glória. Eu e minha família nos sentimos muito felizes por tê-lo conhecido e deliciarmos dos seus saberes”, afirmou.

A fala de Oiticica foi validada pelos demais presentes, que também compartilharam a importância do ser humano Sampaio. “Ele não caminhava, ele desfilava elegância, sempre bem alinhado, bem cuidado, muito culto. Quero guardar para sempre a sua sutileza e o prazer de estar na presença dele. Sampaio emanava sabedoria e conhecimento, um ser que serve de exemplo para cada um de nós e nossos filhos”, exaltou o amigo Adilson.

Amigos prestam homenagens a Sampaio em seu funeral (Foto: Valença Agora)

O amigo Antônio Macedo reforçou a característica predominante de Sampaio. “Era uma pessoa muito gentil, de uma gentileza exemplar. Quero parabenizar Adilson e todos que contribuíram com a sua vivência entre nós”, destacou.

O defensor público Carlos Maia também se pronunciou sobre o amigo. “Para as crianças e adolescentes, seu Sampaio era a figura do bom velhinho, conversava muito com meu filho de 13 anos como se fossem dois adolescentes. Conheci Sampaio porque ele foi me procurar na Defensoria para falar de meu pai que ele tinha conhecido na juventude dos dois, ele chamava meu pai de Carlito e por diversas vezes me deu muita alegria porque sempre falava do meu pai”, relembrou com carinho.

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