A lancha rápida Cavalo Marinho I, que pertence a Associação de Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), que fazia a travessia comercial Mar Grande - Salvador, virou nesta manhã, por volta das 6h30. O acidente ocorreu próximo à ilha. Até o momento o 2º Distrito Naval confirmou 23 mortes.

Segundo o presidente da Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), Jacinto Chagas, 129 pessoas estariam embarcadas. A lancha, no entanto, teria capacidade para 160.

Alguns moradores e pescadores, que estavam nas proximidades, conseguiram usar barcos menores para socorrer as pessoas. Algumas delas já estão sendo atendidas, em Mar Grande, por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e por socorristas voluntários.

O Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer) e a Capitania dos Portos estão no local ajudando nos resgates das vítimas. Uma das vítimas foi levada por um helicóptero do Graer para o Hospital do Subúrbio, na Estrada Velha de Periperi, em Salvador. Em seguida o helicóptero retornou em apoio às demais vítimas do acidente. A 5ª CIPM também já prestou socorro a algumas vítimas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mar Grande e ao Hospital Geral de Itaparica.

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Embarcação Cavalo Marinho I naufragou em Mar Grande (Foto: Marina Silva/CORREIO)

 

Sobreviventes 

Os sobreviventes do acidente começaram a chegar em Salvador por volta das 9h30. Ao desembarcar no Terminal Marítimo, as vítimas estão sendo colocadas dentro de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No local há três ambulâncias do Samu e uma do Corpo de Bombeiros.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em Salvador, as vítimas estão sendo levadas para o Hospital do Subúrbio. Na Ilha, as vítimas estão sendo atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mar Grande. O estado de saúde das vítimas ainda não foi confirmado.

No Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Salvador a comoção é grande. Familiares e amigos chegaram ao local para acompanhar a chegada dos sobreviventes. Muitas pessoas choraram ao reencontrar seus parentes.

Uma das sobreviventes é a faxineira Morenina Santana, 35 anos. Ela conta que toda quinta-feira vem para Salvador fazer faxina. "Quando eu percebi que tinha virado eu já estava em baixo da água tentando respirar e não conseguia. Eu pedi tanto a Deus que eu suspendi a cabeça e tive a respiração. As madeiras começaram a quebrar. O barco começou a desmanchar", contou emocionada.

Quem também estava na lancha no momento do acidente foi o produtor musical, Mateus Alves Ramos, 23 anos. Ele pegou a lancha de 6h30. Seu pai, Marival Ramos, pegou a de 6h. Assim que soube do acidente, Marival foi para o terminal náutico de Salvador para onde os sobreviventes estão sendo levados.  "Meu colete eu dei a uma senhora, que desmaiou na água. Me segurei em uma boia. Eu faço a travessia uma vez na semana. O barco surfou em cima de uma onda e não conseguiu tirar da outra onda", contou Mateus.

Durante essa semana, a travessia Salvador-Mar Grande realizou paradas por conta do período de maré baixa prolongado, já que o terminal de Vera Cruz, que é utilizado pela travessia, fica inoperante. Na quarta-feira (23), por conta dos fortes ventos e mar agitado, a Astramab chegou a suspender a operação das escunas de turismo, o que já tinha ocorrido na terça-feira (22).

 

Fonte: Portais de notícias

(Foto: Luís Paulo/Arquivo Pessoal)

 

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