Apresentam-se em Valença mais de 20 atrações artísticas de 10 países da África, Ásia, Europa e Américas.

Foi realizado em Valença pela primeira vez, o Festival Internacional de Artistas de Rua da Bahia que já está em sua 12ª Edição. Presente na capital baiana desde 2002 é um acontecimento artístico que anualmente reúne alguns dos melhores artistas de rua do mundo e os coloca em contato com o público, de forma gratuita, a céu aberto, transformando as ruas em palcos e picadeiros, para apresentações e shows de música, mímica, acrobacia, teatro, dança, comédia e artes plásticas, que encantam gente de todas as idades.

O evento teve início na sexta-feira (11) às 17h30 e voltou a acontecer na noite do sábado (12) em cinco pontos diferentes do centro de Valença, entre o calçadão e a Praça Ademar Braga Guimarães, com apresentações simultâneas. O Festival tem a direção artística e curadoria de Bernard M. Snyder, o “homem-banda”, e direção geral e produção de Selma Santos, que conversaram com a nossa reportagem.

Bernard Snyder, diretor artístico do Festival em sua apresentação 'homem banda'

Bernard Snyder, diretor artístico do Festival em sua apresentação 'homem banda'

“A cada edição temos boas surpresas e poder estar em Valença é uma delas. Achei a cidade linda, adorei o porto, a ponte que liga as duas partes da cidade, o centro muito movimentado durante o dia, esperamos que o movimento nas noites também seja bom, pois preparamos diversas atrações, são 12 grupos com pessoas de dez países diferentes. Estamos prontos e esperamos que seja um sucesso”, nos disse Bernard M. Snyder.

Selma Santos, diretora geral do Festival

Selma Santos, diretora geral do Festival

A diretora geral Selma Santos conta que conheceu o projeto na Itália e que se organizou para trazer uma versão para seu país. “É o único nesse formato no Brasil. Desde 2002 que criamos, eu e Bernard somos co-idealizadores do projeto. Vimos essa oportunidade muito bacana de trazer essa versão pra cá porque lá na Europa é normal, mas no Brasil é mais difícil, hoje que as pessoas já estão mais mostrando sua arte na rua, e a Bahia é excêntrica, cheia de arte, de artistas, essa mistura de culturas de outros países, de outros continentes conosco é muito bom”, ressalta.

Secretária de Cultura de Valença, Aline Reis com o filho Bento e os tailandeses da Mute

Secretária de Cultura de Valença, Aline Reis com o filho Bento e os tailandeses da Mute

assinaturaO 12º Festival Internacional de Artistas de Rua recebe apoio financeiro do Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Secretaria da Fazenda e para sua apresentação no município de Valença, contou com o apoio da prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura. Aline Reis, que dirige a pasta no município, destacou a grandeza do evento. “São mais de 40 artistas de rua de vários países como Tailândia, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Bélgica, Peru, Argentina, Mali, Chade e também do Brasil”, afirmou. De acordo com Aline, os locais escolhidos para as apresentações, o calçadão e as praças centrais (Independência e Admar Braga) inovaram, já que a cultura é sempre apresentada nas Praças maiores, como a Praça da República. “Escolhemos locais inusitados, estamos bem acostumados com a praça, a gente quis inovar por ser um Festival de artistas de rua, e ficou ótimo, o povo está prestigiando, temos aqui a presença de várias famílias, gente de toda idade e atrações pra todos os gostos”, avaliou a secretária.

Das Friedel, Beatbox direto da Alemanha

Das Friedel, Beatbox direto da Alemanha

Apresentam-se em Valença mais de 20 atrações artísticas de 10 países da África, Ásia, Europa e Américas. Em especial, nesta edição, muita música tomou conta dos espaços, em shows com artistas africanos, como os da Aly Keita Band, que reúne músicos do Mali, do Chade, Willy Sahel e Djim Radé, do Chade, que fazem a fusão do jazz, blues, funk, soul, gospel e R & B aos ritmos da África Central; da Alemanha, Sebastian Friedel, que somente com a boca reproduz as sonoridades da música eletrônica e o homem-banda Bernard M. Snyder e seu repertório que surpreendeu o público; da Argentina, Martin Lima e seu bandoneon, tocando tangos e milongas e o samba de roda do Barlavento, este último tem como um de seus membros, o valenciano Hamilton Reis.

Jonga Lima e o valenciano Hamilton Reis da Barlavento animaram o público com o samba

Jonga Lima e o valenciano Hamilton Reis da Barlavento animaram o público com o samba

“É muito importante pra mim estar aqui em Valença, eu sai daqui com dez anos e não retornei mais e morando em Salvador. Estou retornando hoje a Valença para cantar, muito feliz e muito emocionado. Eu trabalho no grupo Barlavento, temos 22 anos de trabalho ligado ao samba de roda, já viajamos para oito países levando a nossa cultura e o nome de Valença com muita honra. Valença é muito importante porque quando eu era menino, foi aqui que tive aqui as primeiras informações do samba de roda, lembro do carnaval que era muito puro naquela época, enfim, é uma honra estar aqui mostrando nossa música”, considerou o músico Hamilton Reis.

Apresentação de mímica com a dupla Mute da Tailândia

Apresentação de mímica com a dupla Mute da Tailândia

Além da música teve também a mímica dos tailandeses do Mute, pela primeira vez no Brasil, o malabarismo do palhaço chileno AlvaroHenriquez, a palhaçaria de Sebastian Godoy, da Argentina e de Elio Garcia do Peru, a acrobacia com Roda Cyr da belga Pauline Zoe, as artes plásticas da norte-americana Tova Snyder, que criou ao vivo cenas do festival sobre placas de madeira e o Xilopraças do artista Luiz Natividade de Salvador-BA.

Apresentação de mímica com a dupla Mute da Tailândia

Apresentação de mímica com a dupla Mute da Tailândia

A pequena Lorena garantiu boas risadas ao lado dos pais Laércio e Ana que prestigiaram o evento no sábado. “É o que Valença está precisando! Nossas crianças e jovens precisam ter opções culturais para sair de casa, conhecer coisas novas e preencher seu tempo como que nos engrandece. Que mais eventos como este aconteçam sempre, seja com projetos de fora ou com os artistas da nossa terra que são muitos”, desejou Laércio.

Músicos da Aly Keita Band com artistas do Mali, Chade e Brasil

Músicos da Aly Keita Band com artistas do Mali, Chade e Brasil

Além de Valença o 12º Festival Internacional de Artistas de Rua passou por Salvador (04, 05 a 06 de março), Ilhéus (08 e 09) e Madre de Deus (13).

Público se diverte com a apresentação do palhaço Sebastian Godoy

Público se diverte com a apresentação do palhaço Sebastian Godoy

Os malabares do peruano Elio Garcia

Os malabares do peruano Elio Garcia

Uma resposta

  1. Hamilton Marques dos Reis

    Agradeço imensamente a este veículo de comunicação por ter divulgado o Festival de rua e particularmente o espaço que me foi dado para externar a minha gratidão e reconhecimento a Valença e conterrâneos.
    Sucesso para todos!

    Responder

Deixe uma resposta para Hamilton Marques dos Reis Cancelar resposta

Seu endereço de email não será publicado.