A vacinação acontece de 10 de fevereiro a 13 de março em todo o país

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lançou nesta segunda-feira (10), a nova Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo. Nesta etapa, a convocação será para mais de 3 milhões de crianças e jovens na faixa etária de 5 a 19 anos, que devem se vacinar, entre 10 de fevereiro e 13 de março, com o Dia ‘D’ de mobilização em 15 de fevereiro. Com o conceito “Mais proteção para a sua família”, a campanha visa sensibilizar pais e responsáveis sobre os riscos de não vacinar seus filhos, reforçando que o sarampo é uma doença grave e que pode matar.

“É importante que as pessoas entendam as consequências de não se vacinar contra o sarampo, que é um vírus de alta transmissibilidade, podendo uma pessoa com a doença contaminar mais 18 indivíduos, e letalidade, principalmente em crianças. Por isso, os responsáveis devem ficar atentos e levar suas crianças para vacinar. Também, nesse momento, os gestores estaduais e municipais de saúde devem unir forças para deixar o Brasil novamente livre da circulação do sarampo”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Para a representante da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Socorro Gross, a vacinação junto com o aleitamento materno são as intervenções mais efetivas para proteger as crianças de doenças. “A responsabilidade da vacinação deve ser compartilhada entre o governo, os profissionais de saúde e toda a população. Todos devem trabalhar para que o Brasil se livre do sarampo, e a única maneira de nos proteger é manter as vacinas em dia. As vacinas são seguras e a população tem que acompanhar e apoiar esse movimento”, disse Gross.

Para viabilizar a ação em todo o país, o ministério já encaminhou neste ano 3,9 milhões de doses da vacina tríplice viral, 9% a mais que o solicitado pelos estados. O quantitativo é destinado à vacinação de rotina, às ações de interrupção da transmissão do vírus e à dose extra chamada de ‘dose zero’ para todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.

O objetivo da campanha, que faz parte das ações do Movimento Vacina Brasil, do Ministério da Saúde, é ampliar a cobertura vacinal de crianças e jovens, em faixas etárias que ainda não haviam sido convocadas e nem vacinadas, evitando o risco de propagação do sarampo no país. A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo começa a veicular a partir do dia 07 de fevereiro em TV aberta e fechada, rádio, mídia exterior (painel de metrô, minidoor, abrigo de ônibus) e na internet e redes sociais.

O Dia ‘D’ de mobilização acontece no dia 15 de fevereiro. Nessa data, os postos de saúde abrem no sábado para vacinar o público-alvo. Os horários de abertura desses estabelecimentos variam de região para região.

DADOS DE SARAMPO

 

Em 2019, 9% (526) dos municípios registraram 18.203 casos confirmados e 15 óbitos por sarampo, sendo 14 no estado de São Paulo e 1 em Pernambuco. Em relação aos casos, São Paulo também registrou o maior número de casos, 16.090 (88,4%) em 259 (49,2%) municípios, seguido dos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerais e Pará.

Atualmente, nove estados mantêm transmissão ativa do vírus do sarampo, sendo que, em 2020, cinco estados já confirmaram casos: São Paulo (77 casos), Rio de Janeiro (73), Paraná (27), Santa Catarina (22) e Pernambuco (3). Não tendo ocorrido óbitos, até o momento. Os outros quatro estados (PA, AL, MG e RS) ainda não confirmaram casos em 2020, estando em monitoramento devido aos casos ocorridos em 2019.

Os estados que atingiram a meta de vacinação contra o sarampo em 2019 foram Mato Grosso do Sul (115,92%), Alagoas (115,7%), Rondônia (114,4%), Paraíba (110,2%), Pernambuco (109%), Ceará (108,2%), Minas Gerais (112,4%), Espírito Santos (105,7%), Santa Catarina (105,4%), Paraná (102,8%), Tocantins (102%), Rio de Janeiro (101,7%), Sergipe (99%), Rio Grande do Sul (101,1%), Goiás (100%), Mato Grosso (97,2%), Amazonas (96,4%) e Rio Grande do Norte (96,2%).

Entre os estados que não atingiram a meta mínima de 95% de cobertura vacinal, preconizada pelo Ministério da Saúde, estão Acre (91,4%), Amapá (94,9%), Bahia (88,9%), Distrito Federal (93,7%), Maranhão (90%), Pará (77,6%), Piauí (91,9%), Roraima (87,9%), São Paulo (93,9%).

Fonte: Ministério da Saúde

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