Em artigo no jornal "Washington Post", Obama diz que os Estados Unidos são "o país da segunda chance", mas que a oportunidade muitas vezes é arruinada pelo trauma causado pela solitária.

"Pesquisas sugerem que o confinamento em solitárias tem o potencial de ter consequências psicológicas devastadoras e duradouras. Ele foi associado a depressão, alienação, reclusão, capacidade reduzida de interagir com outros e comportamento violento", escreveu o presidente. "Alguns estudos indicam que pode piorar doenças mentais existentes e até provocar novas. Prisioneiros em solitárias tem mais probabilidade de cometer suicídio, especialmente menores e pessoas com doenças mentais".

Obama também baniu a solitária para os pequenos infratores e anunciou a ampliação de programas para tratar doentes mentais. Há 100 mil presos em solitárias nas cadeias dos EUA, afirmou o presidente, incluindo menores e doentes mentais. Dos 10 mil beneficiados estimados por Obama, porém, os presos menores de idade representam uma parcela muito pequena. Segundo o Escritório de Prisões Federais do Departamento de Justiça, só há 26 americanos com menos de 18 anos em penitenciárias do sistema federal. Autoridades disseram ao 'Washington Post" que só 13 estão em solitárias.

"Na América nós acreditamos em redenção. Acreditamos, nas palavras do papa Francisco, que toda pessoa humana é dotada de dignidade inalienável e a sociedade só pode se beneficiar com a reabilitação daqueles condenados por crimes", disse o presidente. "Acreditamos que quando as pessoas cometem erros, elas merecem a oportunidade de refazer suas vidas."

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