A manhã desta terça-feira (25) em Valença foi marcada por um protesto com bloqueio de via na Praça Admar Braga Guimarães, cartazes, apitos e queima de pneus próximo à Sede da Prefeitura. A manifestação organizada pelo Sindicato dos Músicos - Sindimúsicos, reuniu músicos, fazedores de cultura e mototaxistas, entre outros profissionais, que exigiam a presença do prefeito Jairo Baptista.

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As categorias protestam contra a falta de apoio do poder público municipal durante a pandemia. Cartazes diziam “nossas panelas estão vazia” e pediam respeito pela classe. “Já fizemos vários ofícios, várias reuniões com o prefeito e ele não está cumprindo o que prometeu. Só queremos conversar e avisar ao prefeito que aqui se encontram famílias que trabalham com a alegria e a arte, aqui não tem bandido”, disse um representante dos manifestantes convocando a presença de Jairo Baptista.

Em contato com o Jornal Valença Agora, o diretor municipal de Cultura, Gugui Martinez afirmou que a pauta dos músicos será discutida pela gestão, mas de forma amplificada para contemplar toda a classe cultural, que passa pelas mesmas dificuldades impostas pela pandemia.

“Sabemos que essa pauta da alimentação e da dificuldade econômica que os artistas em geral estão passando é realmente muito importante, e nós, enquanto pasta de Cultura, temos que ter um olhar muito amplo, porque Valença é uma terra muito rica e plural em Cultura, temos manifestações singulares como a Zambiapunga que só existe aqui no Baixo Sul da Bahia, temos o Arguidá que só tem em Valença especificamente, então nossa cultura é muito grande e a gente tenta olhar por todo mundo”, frisou.

“O Sindicato dos músicos já foi atendido com 500 cestas básicas doadas pela Prefeitura, ele também ganhou de R$10 mil no prêmio Aldir Blanc no final de 2020, a prefeitura também está orientando o Sindicato em vários Editais para que os músicos possam ser contemplados, então a gente vem fazendo diversos movimentos para colaborar com diversas instituições culturais e também com toda a classe dos músicos, mas o Sindicato precisa entender que a gente não pode concentrar 100% dos recursos nele, pois se o Sindicato representa os seus associados, a secretaria de cultura tem que olhar por todo mundo”, salientou.

“A gente vai discutir essa pauta, apresentar ideias e tentar resolver via Conselho Municipal de Cultura, que tem representantes tanto da sociedade civil quanto do poder público, para a gente amplificar essa demanda, já que essa pauta não é específica do Sindicato, vamos olhar por toda a classe cultural”, concluiu o diretor em entrevista ao JVA.

Vídeo/Foto: Reprodução Redes Sociais

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