Evento contou com o 2º Festival de Acarajé e Artesanato realizado pela Prefeitura de Valença

Motociclistas visitaram Adro da Igreja do Amparo (Foto: Ascom Valença)

Em parceria com a Prefeitura de Valença, o Sem Cilindrada Moto Club promoveu no último final de semana, 29 e 30 de abril, um grande encontro de motociclistas de várias partes do país, na Praça da República para celebrar o seu 7º aniversário. O evento foi abrilhantado pela segunda edição do Festival de Acarajé e Artesanato realizado pela Prefeitura. Os eventos movimentaram o fim de semana na capital do Baixo Sul.

Shows de rock fizeram parte da programação (Foto: Valença Agora)

O ambiente festivo ofereceu aos amantes do Rock in Roll apresentações musicais das pratas da casa, como o jovem valenciano John Barboza, que cantou sucessos de Cazuza, Renato Russo, Raul Seixas, Lulu Santos, Marina Lima e Rita Lee.

Prefeito Jairo Baptista prestigiou evento (Foto: Ascom Valença)

Para o prefeito Jairo Baptista essa é mais uma oportunidade de divulgar a cidade de Valença e valorização da cultura. “Essa é uma grande oportunidade de divulgar a nossa Valença que tem se destacado pela realização e organização de grandes eventos culturais e gratuitos para a comunidade. Nada mais justo do que trazer à relevância das baianas de acarajé, dos artesãos valencianos e dos motociclistas, que com o apoio da Prefeitura para essas iniciativas, conseguimos movimentar o turismo, a economia e valorizar a nossa cultura”, afirma o prefeito.

Evento contou com a participação dos artesãos e artesãs de Valença (Foto: Valença Agora)

A ex-vereadora de Valença, Vane Costa, prestigiou o evento e levou o abraço do deputado federal Raimundo Costa à organização. “Um prazer participar desse evento que traz muita gente para Valença, gera emprego e renda. Nós como cidadãos valencianos precisamos acolher esses visitantes e dizer que eles voltem sempre. O deputado federal Raimundo Costa não está em Valença, por cumprir agenda em Paulo Afonso, onde também está acontecendo um Moto Fest, mas deixa o seu abraço e os parabéns ao aniversariante Sem Cilindrada Moto Club”, afirmou ao JVA.

Roque, presidente do Sem Cilindradas Moto Club prestou agradecimentos (Foto: Valença Agora)

O presidente do Sem Cilindrada Moto Club, Roque, agradeceu a presença de todos. “Gostaria de agradecer a presença de vocês, agradecer em especial ao meu moto clube porque é uma equipe fantástica, a gente não faz nada só, obrigado a cada irmão motociclista que saiu da sua casa, da sua cidade e que veio aqui prestigiar esse evento. Agradecemos aos ambulantes que estão aqui nos dando suporte, ao pessoal que trabalha com artesanato, as baianas de acarajé, agradecemos a cada empresário que ajudou e que acreditou nesse evento. Nossos agradecimentos também a Prefeitura de Valença e toda a sua equipe. Não fazemos nada só, forte abraço a todos e excelente festa”, desejou Roque em seu pronunciamento.

Vereador Fabrício Lemos parabenizou evento (Foto: Valença Agora)

O vereador Fabrício Lemos, grande apoiador do esporte no município, parabenizou os motociclistas. “Eventos como esse fazem a economia do nosso município aquecer, dá oportunidade não só apenas de lazer e entretenimento, mas muitas coisas por trás disso, então não tenho dúvidas que há necessidade de que todos possam estar unidos para que eventos como esse e muitos outros aconteçam para que Valença venha crescer. Parabéns para a imprensa que certeza contribui para divulgar ações como essa para que mais pessoas tenham esse desejo de conhecer e visitar a nossa cidade, e nós como vereadores, como cidadão valenciano, eu não poderia ficar de fora de dar esse apoio a algo tão importante como esse evento”, destacou.

Vereador Bertolino Jr., presidente da Câmara de Vereadores (Foto: Valença Agora

O presidente da Câmara de Vereadores de Valença, Bertolino Jr. parabenizou o Moto Club pelo evento e aniversário. “Momento hoje é de gratidão a Deus em primeiro lugar, parabéns ao irmão Roque que merece todo nosso prestigio e carinho, parabéns a todos os apoiadores, ao secretário Ademir, ao prefeito Jairo Baptista por ter contribuído para que esse evento pudesse estar acontecendo e movimentando a economia da nossa cidade.

Prof. Dr. Francisco Neto, diretor geral da FAESB (Faculdade de Educação Social da Bahia), patrocinadora do 7º aniversário do Moto Club Sem Cilindrada, levou os alunos da instituição para uma ação de divulgação da cidade. “A FAESB sempre teve esse viés de apoiar os eventos sociais, os eventos esportivos e os eventos que movimentem a economia da cidade. Apoiamos esse aniversário com patrocínio e também, como forma de engrandecer a nossa cidade, trouxemos os alunos dos nossos cursos de Direito, de Administração e de Pedagogia, para contar aqui um pouco da história de Valença e dessa forma apresentar a cidade para os motociclistas que vem de outras cidades e também apresentar a FAESB como uma faculdade de vanguarda”, ressaltou Neto.

Festival de Acarajé 

Foto: Ascom Valença

Dendê, caruru, vatapá, camarão e pimenta. Foram alguns dos sabores que os valencianos e turistas puderam apreciar no Festival de Acarajé e Artesanato, realizado pela Prefeitura de Valença, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, em parceria com o Sem Cilindrada Moto Club.

Vereador Fabrício Lemos, prefeito Jairo Baptista, Rita Santos (presidente da ABAM), secretário Ademir Costa, Bertolino Jr., presidente da Câmara de Vereadores (Foto: Ascom Valença)

Presente no evento a presidente da ABAM (Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau e Receptivos da Bahia), Rita Maria Ventura dos Santos, que veio prestigiar os motociclistas, e, especialmente as baianas de acarajé.

“Valença está abrindo as portas para as baianas em todos os municípios do Baixo Sul. Agradecemos ao secretário Ademir Costa e ao prefeito Jairo Baptista essa oportunidade que está dando a essas mulheres”, destacou Rita Santos.

Em entrevista ao JVA, a presidente da ABAM, pontuou a importância das baianas de acarajé para a cultura. “Tudo gira em torno da baiana do acarajé. Quando alguém vê uma baiana no exterior, já fala “é Brasil”, então nós, as baianas de acarajé, não representamos só a Bahia, nós representamos o nosso país. Ser baiana de acarajé é representar o nosso estado e o Brasil, é uma grande responsabilidade para essas mulheres”, destacou.

Confira mais desse bate-papo!

JVA - A baiana do acarajé é reconhecida pelas suas vestes. Mas nem sempre as baianas estão utilizando essas vestes. Qual a mensagem a senhora deixa para que essas baianas cultivem esse patrimônio?

Rita Santos - A baiana hoje é patrimônio imaterial nacional, mas ela só é patrimônio se ela estiver com todas as vestes, de bata, de saia e de torso. No momento em que ela não está vestida assim ela deixar de ser um patrimônio. Hoje nós somos reconhecidas pelo ministério do Trabalho como profissionais e cada profissional tem a sua farda e a da baiana é a roupa completa. Então eu quero que as baianas de Valença entendam que para elas serem patrimônios elas têm que estar de bata, de saia e de torso. A religião está no coração e não na roupa que se está vestindo e que a sociedade também reconheça isso, a roupa é só a indumentária da baiana.

JVA - A baiana tem uma responsabilidade também muito grande de cultivar uma tradição que é o dendê, o tempero, o cheiro, o sabor, então existe uma importância e um valor desse patrimônio baiano que também é fortalecido. Nos comente sobre isso.

Rita Santos - O dendê é a nossa matéria-prima, sem dendê não existe ofício da baiana de acarajé, por isso nós estamos lutando para que o nosso estado volte a ter dendê, que é absurdo um estado tão grande como o nosso só produzir 2% de dendê. Nós precisamos ter o nosso dendê de volta, que é o dura, porque é ele que dá o sabor na acarajé, na moqueca. Podemos ter os dois, o dura e o tenera. O nosso dendê tem mais de 300 anos, o mesmo tempo que tem o ofício da baiana, então a gente precisa preservar. Os nossos governantes, o município e o Estado tem que rever essa questão e trazer de volta o nosso dendê. Nós entramos com uma solicitação no Conselho de Cultura do Estado para que torne o nosso dendê patrimônio estadual, mas eu já estou encaminhando também para Brasília para que o Iphan também torne o nosso dendê patrimônio nacional, porque sem dendê não tem acarajé.

JVA: A semente do dendê adentrou ao Brasil escondido, através dos escravos. Se isso não tivesse ocorrido, não haveria a acarajé, que também foi trazido ao país por eles.

Rita Santos – Verdade, é isso mesmo, tudo veio junto, por isso que é um casamento que não pode separar, sem dendê não tem o ofício da baiana, por isso que a gente precisa, e Valença que produzia tanto dendê e agora estou vendo aí pouquíssimos. Nada contra os outros tipos de dendê, podemos trabalhar com os dois, com o tenera e com o dura, agora dependemos dos nossos governantes, município e estado resolver isso.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, Ademir Costa ressalta o avanço das discussões sobre o dendê em Valença.

“Participamos, a convite de Dona Rita, de uma reunião no Estado com a Braspalma, que é um grupo do Pará que detém a tecnologia e a maior variedade de plantio de dendê. O governo do Estado está sinalizando incentivo ao plantio e os bancos também. É muito importante a geração de emprego na cadeia do dendê, porque o dendê é cultivado e industrializado em Valença, então gera emprego tanto no campo, como na indústria que é extremamente importante para a nossa economia”, considerou Ademir.

Fotos: Valença Agora + Ascom Valença

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