Faleceu nesta segunda-feira (04), o escritor romancista, cronista, poeta e contista Araken Passos Vaz Galvão Sampaio, aos 87 anos. Membro fundador da Academia Valenciana de Educação, Letras e Artes – AVELA e da Academia de Letras do Recôncavo – ALER, Araken foi presidente do Conselho de Cultura da Bahia e publicou dezenas de livros.

O escritor presidia com sua esposa, a FUNCEA - Fundação Cultural Euzedir e Araken Vaz Galvão, no bairro da Urbis, em Valença, onde realizou diversos eventos culturais e literários. Por muitos anos, Araken foi colunista do Jornal Valença Agora.

O sepultamento será realizado nesta terça-feira (5) no Cemitério Campo Santo, em Salvador, às 14 horas.

Algumas obras de Araken: Crônica de uma família sertaneja” (2004), Pargo e outras histórias mais (2009), Araken Vaz Galvão I – Ensaios ou quase − Cinema: Western, Filme Noir, Neorrealismo (2012), Saga de um menino do sertão (2013), Araken Vaz-Galvão II – Ensaios ou quase – Literatura, Histórias e outras divagações (2014), Crônicas das prisões e do exílio (2014), Pargo e outras histórias mais (2016), A Trama esgarçada e outras histórias mais (2017), Sonata em Dor Maior (2017), Em busca do esquecimento (2018). Também organizou “Rio de Letras- II Antologia dos Escritores de Valença-BA”.

Araken Galvão participou das guerrilhas contra a ditadura como sargento do Exército. Foi aliado de Leonel Brizola. Preso por duas ocasiões por sua luta contra a ditadura, Araken fugiu em 1976, exilando-se no Uruguai, Peru e Equador, com passagem pela Argentina, Paraguai e Bolívia. No Uruguai estudou literatura, história, belas artes, cinema e trabalhou como jornalista. No Peru estreou sua peça “Apenas una Mujer” e o monólogo dramático-musical “A Fossa”. Realizou cinco filmes, quatro curtas e um longa – "Yawar Mayu” (Rio de Sangue). No Equador, trabalhei na televisão. Do périplo pela América hispânica trouxe influências para a elaboração de meu primeiro romance, “Crônicas de uma Família Sertaneja”, editado pela Secretaria de Cultura da Bahia. Publicou o livro “Valença – História de uma cidade”. Seu conto “O Jegue” foi premiado no concurso “Talentos da Maioridade”, do Banco Real, em 2004. Este ano, outro conto meu, Os Mortos, foi agraciado com o prêmio principal deste mesmo concurso.

O Jornal Valença Agora lamentar com pesar o falecimento do nobre escritor e presta sua solidariedade aos amigos e familiares nesse momento de perda imensurável para Valença e o nosso país.

Foto principal: Araken Vaz Galvão, fotografado por Jean Scharlau, quando do lançamento de seu livro Crônicas de uma família sertaneja, na livraria Palavraria, Porto Alegre, RS.

*** Reportagem completa na edição digital desta semana***

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