Autor de Pétalas... Também amei! e Pelo Amor... Pela Vida, e participação em mais de cinco obras literárias, o escritor e médico valenciano Mustafá Rosemberg de Souza, 93 anos, lançou na última sexta-feira (3), o livro de - ALBA, através do projeto Assembleia Cultural. A cerimônia reuniu a família do autor e amigos, no Espaço Festa em Valença.

Durante a cerimônia, algumas pessoas usaram da palavra para homenagear o escritor. Confrade da Academia Valenciana de Educação, Letras e Artes – AVELA, o escritor e professor Ricardo Vital se referiu a Mustafá como “personagem histórico”, que representa e conhece a fundo a cultura de Valença. Porém, foi à veia poética de Mustafá que inspirou o pronunciamento de Vital. “Para a poesia, Mustafá pega a herança de Olavo Bilac, pega os encantos do soneto e faz o que ele sabe melhor fazer, transformar em beleza, paixão, amor... Ele sabe pôr em cada verso, em cada rima, em cada palavra, as rosas que acabam encantando a nós, e é por isso que eu o tenho como mestre e como grande amigo”, destacou.

Em seguida, o também confrade da AVELA e amigo de Medicina, Dr. Alfredo Gonçalves deu a Mustafá, o título de lenda viva de Valença e de toda a Bahia, destacando que o poeta é “herdeiro” de Olavo Bilac, é o “príncipe local da poesia”. “Poeta parnasiano que escreve deitado, sentado e andando, conta suas historias, amores, desamores e isso é extraordinário porque ele passa esse sentimento pra todo mundo. Poeta tradicional, Mustafá se vale da métrica, da rima, sonetista de marca maior”, pontuou o médico.

Marcando a cerimônia de emoção, Zelinha Cardim cantou para Mustafá a música Estrela do Mar, de Dalva de Oliveira. A canção é entoada por Mustafá quando está operando cirurgias. Também homenageou musicalmente Mustafá, o seu irmão Azis Rosemberg, cantando a música Fascinação, de Elis Regina.

A Mustafá Rosemberg coube demonstrar o amor por Valença e resgatar um pouco de sua história. Em sua fala, o médico-poeta relembrou épocas passadas que remetem a sua infância e juventude. Também destacou a cultura de Valença comentando sobre suas tradições como o 2 de Julho, o 7 de setembro, o presépio de Natal culminando no retorno às aulas. Ressaltou ainda a religiosidade: “Tudo regido por um Deus onipotente e por uma santa que é a rainha das princesas celestiais, Nossa Senhora de Fátima”.

Rosas não ferem reúne mais de cem poesias produzidas em anos diferentes. O prefácio é assinado pelo já falecido, escritor e historiador, Edgard Otacílio. “Quanto aos aspectos da nobreza humana, Mustafá Rosemberg foi extremamente privilegiado com dons muito especiais. [...] A Deusa Memória deu ao poeta o poder de voltar ao passado e de lembra-lo para a coletividade fazendo com que a nostalgia de um tempo pulsante, venha a tona”, diz o prefácio.

Em outro trecho, convida os leitores para mergulhar no livro: Rosas não Ferem é um livro fascinante para todos os tipos de leitores, porém, tem um interesse especial para dois tipos deles: O primeiro, naturalmente, aos admiradores do seu autor, Mustafá Rosemberg, e também aos interessados em desnudar os mais profundos sentimentos humanos.”

“A poesia de Mustafá é para ser lida, refletida e analisada dentro de nós mesmo”, finaliza Otacílio.

A obra traz anda um “Memorial” escrito em 1ª pessoa, onde resumidamente, o escritor apresenta sua autobiografia. Ao fim do texto, ele afirma o que muito tem admirado a todos: “Sou eterno estudante”.

 

***Reportagem completa veiculada na edição impressa nº 693 do Jornal Valença Agora

 

Fotos: Jornal Valença Agora

 

 

 

 

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