Kleber Assis

Com o período eleitoral se aproximando, novos e velhos entregadores de camisa, ou não, aparecem como sendo a solução para todos os problemas e mazelas do nosso município. Muitos, por escolha própria ou por problemas de popularidade, colocam seus nomes e apoio pelos bastidores, fazendo com que os eleitores o escolham de maneira indireta, tornando a sua participação na política, na maioria das vezes, danosa à população e à administração pública.

Eu fico intrigado como é que em outras cidades, menores e vizinhas à nossa, os candidatos respeitem o seu eleitorado e apresentem os seus respectivos programas de governo, por escrito e esmiuçado, enquanto nós, decidimos a nossa política pelo impacto causado pelo jingle do candidato e/ou por outra motivação qualquer, que não é a discussão dos nossos problemas e que o nosso secretariado, na maioria das vezes, é submisso às vontades dos cartolas da política valenciana, em detrimento das problemáticas estudadas pela pasta e pelos anseios sociais.

Se formos à cidade de Santo Antônio de Jesus todas as semanas, pelas obras e empreendimentos ali presentes, percebemos facilmente o dinamismo daquela cidade e, para termos a mesma sensação com a cidade de Valença, são necessários meses. O que temos em Santo Antônio de Jesus que falta a Valença? Na semana anterior, falamos das potencialidades de Valença.

Pela minha formação de educador, afirmo que falta a nossa cidade um PPP – Projeto Político e Pedagógico - se existe algum documento parecido ou com tal finalidade, perdoem-me a minha ignorância, não funciona, pois, somos incapazes de resolvermos problemas básicos tais como: saúde, trânsito, ambulantes, limpeza e crescimento ordenado da nossa cidade. Notam; um PPP que seja da cidade, não, de algum político, partido ou grupo.

População, o Legislativo e o Executivo, juntos, devem formar um documento que reúna os objetivos, metas e diretrizes da cidade e, que seja possível pô-lo em prática. A partir deste documento, todos os candidatos que propuserem colocar seu nome na lista de prefeituráveis, deverão apresentar as suas ideias, sob um projeto escrito, esmiuçando as etapas, dos objetivos que pretendem atingir.

A construção de uma cidade não está relacionada, apenas, à quantidade de obras que nela estão sendo executadas, mas, na forma integrada e articulada em que ela está disposta a atender as necessidades da população e pela sua capacidade de prever fenômenos sociais, onde todos os seus setores hajam de maneira uníssona e de modo a conquistar a credibilidade, através da continuidade; independente do partido ou grupo político que está gerindo-a, existe um ordenamento do território que impede ações oportunistas e a tomada de decisões que não estejam alinhadas com o desejo social.

 

Valença, 12 de outubro de 2023

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