Cinco países, além do Brasil, e nove estados brasileiros estão participando do Global Mangue - Fórum Internacional de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais, que teve início  na última terça (17)e segue até sexta-feira (20), em Maragojipe, cidade do Recôncavo Baiano considerada a capital nacional dos manguezais. O evento reúne cientistas, comunidades tradicionais, docentes, rede estadual e municipal de ensino, universitários, agentes governamentais e sociedade civil, com o objetivo de discutir mecanismos práticos de conservação dessas áreas. O público que tiver interesse em participar do encontro pode se inscrever de forma gratuita e online, pelo www.globalmangue.org.

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Foto: Divulgação

A programação se divide entre cinco espaços da cidade, com as palestras concentradas na Fundação Vovó do Mangue, reunindo palestrantes presencialmente ou por videoconferência. Hoje (18), o palestrante Pedro Paulo Belga de Souza, do Projeto do Mangue ao Mar (RJ) inaugurou o novo dia de atividades, às 8h30, com o tema “Relatos de experiências de projetos de restauração dos manguezais”, com uma mesa redonda com a mediação de Ana Carla Rocha, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia e as exposições de Jhon Gomes, do projeto Mangues da Amazônia (PA); Bruno Miranda, da Fundação Vovó do Mangue (BA); Laís Zayas, da Fundação Florestal (SP); e Jerônimo Souza e Eliane Hollunder, do Bahia Pesca.

Às 10h30, Adriana Risuenho Leão, do Ministério do Meio Ambiente do Brasil deu início à palestra “Políticas públicas, legislação e mecanismos de fomento para a preservação dos manguezais”. A mesa redonda sobre o tema tem a mediação de Iaraci Dias, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente da Bahia; e as exposições de Rosalvo de Oliveira Jr, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente da Bahia; Raimundo Nonato Braga, juiz do Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça da Bahia; Júlio Rocha, da Universidade Federal da Bahia; e José Acácio Ferreira, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia.

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Foto: Divulgação

Uma mostra de vídeo às 13h30 marca o retorno das atividades pela tarde. A seguir, a gestora da Resex Marinha da Baía do Iguape (BA), Rafaela Rodeiro de Farias, comanda a palestra “A importância da promoção do desenvolvimento sustentável e a necessidade do fortalecimento das comunidades tradicionais”. Rosalvo de Oliveira Jr. é o mediador da mesa redonda sobre o tema, com as exposições de Antônio Jorge do Amor Divino, da Associação Mãe – Resex Baía do Iguape (BA); John Gomes, do projeto Mangues da Amazônia (PA); Júlia Abdias Barata, da Emanar Social (BA); Ananias Nery Viana, quilombola do Vale do Iguape (BA); e Norma Crispina Borges, da Associação de Marisqueiras e Pescadores de São Roque do Paraguaçu (BA).

Às 16h15, “Impactos das mudanças climáticas nos manguezais” é a palestra que encerra o segundo dia do evento, com Yara Scheaffer-Novelli, da Universidade de São Paulo. A mediação da mesa redonda fica com Maria do Carmo, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia, e exposições de Diógenes Costa, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Yuri Costa, da Universidade Federal da Bahia; Rafael França Rocha, da Universidade Estadual de Feira de Santana; e Ana Cecília Barbosa, da Universidade Federal da Bahia. Às 18h, o evento será finalizado com a apresentação cultural de Tatay Guerreiro, na Arena Cultural.

Na quinta-feira (19), uma visita técnica de campo nos manguezais da Resex Baía do Iguape, às 9h, marca a abertura das atividades. Às 09h30, na Fundação Vovó do Mangue, atividades de educação ambiental serão orientadas pela bióloga e educadora ambiental de Santa Catarina, Maricéia da Silva Villas Boas. Às 13h30, acontece a visita da expedição DARWIN200, com a participação de cientistas britânicos que tem como finalidade refazer o percurso de Charles Darwin pela América do Sul, navegando pelos principais locais onde, segundo seu diário de viagem, o jovem cientista foi impactado pelo que viu, coletou materiais e obteve pistas para a elaboração de sua teoria. Às 14h30, na Fundação Vovó do Mangue, novas atividades, agora com a orientação Maria Tereza Lanza, da Fundação Florestal (SP). A apresentação cultural acontece às 18h, na Arena Cultural, com a banda Rolystroly.

Último dia do evento, a primeira atividade na sexta-feira (20) começa às 8h30, na Fundação Vovó do Mangue, com a palestra “O potencial dos manguezais no sequestro de carbono”, com André Scarlate Rovai, do U.S. Army Engineer Research and Development Center, dos Estados Unidos. A mesa redonda traz a mediação de Antônio Martins Rocha, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia. As exposições são de Paulo César Costa, da Universidade Federal do Pará; Ícaro Thiago Moreira, da Universidade Federal da Bahia; Paulo Antonio Sinisgalli, da Universidade de São Paulo; e Debora Freitas, do Instituto de Biociências da UNESP (SP). Às 10h30, “Retrospectiva dos impactos dos Encontros Nacionais de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais na educação ambiental nos últimos 30 anos”, é o tema da mesa redonda mediada por Carlos Antônio de Oliveira, da Fundação Vovó do Mangue, com exposições de Clarice Maria Neves Panitz, da Universidade Federal de Santa Catarina; Maricéia da Silva Villas Boas, do Grupo Mundo da Lama (SC); Yara Scheaffer-Novelli, da Universidade de São Paulo; e Paulo César Costa, da Universidade Federal do Pará.

O lançamento do livro “Memorial das artes de pesca”, de Carlinhos de Tote, com a participação especial do Grupo Cantarolama, marca o encerramento do fórum, que é realizado pela Fundação Vovó do Mangue, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Governo da Bahia e a Prefeitura de Maragojipe, e conta com o apoio institucional do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e está inserido no programa Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas.

A Casa da Cultura, em Maragojipe, recebe a exposição “Principais aspectos dos manguezais” durante todos os dias do fórum, entre 9h e 17h. Entre os dias 18 e 20 de outubro, exposições, oficinas e atividades educativas com a participação de escolas do ensino básico do município acontecem entre 09h e 16h, na Filarmônica Terpsícore Popular.

Sobre o Global Mangue

O principal objetivo do evento é avaliar a realidade ambiental e discutir os principais desafios ecológicos e sociais em nível local, regional e global, com foco na proposição de programas e ações que promovam a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável em áreas de manguezais. O Global Mangue - Fórum Internacional de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais tem a proposta de pensar globalmente e agir localmente, a partir dos parâmetros mundiais em que o ecossistema manguezal faz parte e metodologias a serem trabalhadas no Brasil. O ponto de partida é a discussão da situação atual dos manguezais maragojipanos, após as intervenções já realizadas, e de todo o litoral do Brasil.

O fórum vai culminar na elaboração do documento “A carta de Maragojipe aos manguezais”, composto por análises, declarações e sínteses científicas relacionadas ao manguezal, a fim de criar e garantir políticas públicas que visem uma interação direta com a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável em áreas de manguezais. O fórum vai marcar ainda a comemoração dos 30 anos do Primeiro Encontro Nacional de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais, que também aconteceu em Maragojipe, em 1993. O ENEEAM reuniu professores, gestores públicos e representantes de empresas, ONG’s e comunidades tradicionais e foi um importante passo para a difusão da educação ambiental e do conceito de desenvolvimento sustentável.

Serviço:

Global Mangue - Fórum Internacional de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais

17 a 20 de outubro

Transmissão pelo YouTube

Praça Conselheiro Antônio Rebouças, 16, Centro - Maragojipe/BA

www.globalmangue.org

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