Coordenado pelo IF Baiano campus Valença, encontro reuniu Ciapra, produtores e instituições

Após a realização do 1º Fórum da Cadeia Produtiva do Cravo no Baixo Sul, realizado pelo IF Baiano campus Valença, durante a Semana Nacional de Ciências e Tecnologia, que se debruçou sobre as problemáticas do cultivo na região, com foco nas doenças que tem atingido os craveiros, novos encaminhamentos foram iniciados sob a coordenação do instituto, entre elas uma reunião realizada no mesmo dia, com a participação dos produtores e órgãos como a Embrapa, que de forma inédita, afirmou que vai apoiar a produção da cravicultura na região.

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No último dia 30 de outubro, um novo encontro com o objetivo de fortalecer parcerias e prol da cadeia do cravo no Baixo Sul foi promovida no campus. Desta vez, o IF Baiano provocou a participação do Consórcio Intermunicipal da Apa do Pratigi – Ciapra, que reúne em forma de governança, os municípios do território. Também participaram da reunião agricultores representados pelo Comitê do Cravo, a Prefeitura de Valença e a Associação Comercial e Empresarial de Valença (ACE), entidade vinculada à Casa do Empresário.

O diretor do campus, Geovane Guimarães, participou da reunião e falou com o JVA sobre sua avaliação do andamento das ações em prol do cravo.

“Eu acredito que nós avançamos. O fato de termos trazido o Ciapra, que é um parceiro importante aqui no território, já é um fator de muita felicidade para nós, e que fortalecerá essa parceria em prol da cultura do cravo. O Ciapra pode nos ajudar muito em termos de possibilitar melhoria de laboratórios, aquisição de insumos para pesquisa, materiais para os trabalhos de extensão, trabalho de campo aqui para a cultura do cravo. Eu acredito muito nessa articulação que o Ciapra tem com o território, na força e na possibilidade que ele traz de ajudar os agricultores, os cravicultores aqui do Baixo Sul, então saímos satisfeitos desta reunião”, afirmou Geovane.

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O diretor contou que a próxima reunião será com o pesquisador Dr. Julielton Santos, responsável pela descoberta das patologias que tem dizimado os craveiros, sobre a continuidade dos trabalhos. “Agora é alavancar esses trabalhos com a cultura do cravo e tendo o IF Baiano como uma instituição central nesse processo”, acrescentou.

Para a diretora acadêmica Dislene Cardoso, o sentimento é de que há muito interesse de todos os presentes em resolver os problemas relacionados à cravicultura. “Essa junção de interesses é muito produtiva para o Baixo Sul, porque no momento em que as pessoas conseguem sentar e dialogar sobre os problemas que envolvem a cadeia produtiva do cravo, nós estamos pensando no território. Considero essa reunião um marco para pensarmos a cadeia produtiva do cravo, que só tem aqui no Baixo Sul Baiano, então nós estamos aqui para discutir, pensar e dialogar coletivamente, abrindo um leque de possibilidades para buscar resolver a questão do cravo”, considerou.

O produtor rural Solano Miranda, presidente do Comitê do Cravo pontuou que a mortalidade dos craveiros é um problema sério, dentre outros que atingem a cravicultura. “A gente tem hoje a CEPLAC, o IF Baiano, as prefeituras, mas quando a gente tem um problema técnico como essa doença, a gente não sabe como encaminhar aos agricultores a solução para esses problemas. Então a gente tem hoje a mortandade do cravo, um problema seríssimo que afeta de morte a economia da região, e o fato da gente conseguir agora sentar com essas instituições para ver como solucionar isso, é o primeiro passo. Daí em diante a gente vê o que mais fazer a partir da agora”, comentou.

Leandro Ramos, diretor executivo do Ciapra considerou a reunião positiva pela representatividade de atores importantes para a cadeia do cravo. “A partir das presenças aqui hoje estaremos construindo possíveis arranjos institucionais para que nós possamos dar continuidade a um trabalho de pesquisa [sobre a mortandade dos craveiros], mas sobretudo levar essa informação para o agricultor, reacender a esperança de uma cadeia produtiva importante, pujante, que bota dinheiro na economia do nosso território e que juntos, todos nós reunidos e interessados, não podemos deixar isso se acabar. Nós avaliamos isso tudo como positivo e é isso que nós precisamos fazer, discutir os problemas grandes num ambiente propício e adequado, com os atores que têm interesse de buscar a solução dos problemas”, destacou.

O presidente da ACE/Valença, Vidalto Oiticica, também diretor executivo do Jornal Valença Agora, participou do encontro. Ao JVA, afirmou: “A região do Baixo Sul é a única produtora de cravo do Brasil, e Valença, como a maior produtora dessa especiaria no Brasil, tem a responsabilidade de trazer os problemas para discussão e achar os caminhos que promovam o equilíbrio, tanto da mortandade quanto de uma maior produtividade, pois é um patrimônio nosso. A Associação Comercial, através da Casa do Empresário, se faz presente nessa discussão, porque entendemos que o cravo aquece e distribui renda na nossa região. Então estamos aqui contribuindo para o fortalecimento da economia e também o fortalecimento do equilíbrio social, uma vez que o cravo hoje beneficia a maior parte dos agricultores do nosso município”, apontou.

 

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