Valenciano faleceu no último sábado e foi sepultado do domingo (28), aos 99 anos.

Entre sentimentos de tristeza pela dor da saudade e orgulho por ter convivido com um ser humano exemplar, amigos e familiares se despediram de Arthur Guimarães, que faleceu no sábado, 27, aos 99 anos. Os depoimentos acerca de sua vida é uma pequena amostra de tudo que representou de valores para todos que o conhecia. Dos seus 50 anos como trabalhador na Companhia Valença Industrial, Seu Arthur herdou o título de operário padrão da Bahia, do qual muito se orgulhava.

“Arthur foi uma pessoa que sempre teve um compromisso com Deus, sempre educando e apresentando à família o que tinha de melhor da vida, a alegria. Ele era sempre muito preocupado com a família, gostava muito de orientar e regular também; os filhos até hoje sempre muito obedientes com ele. Só tenho a agradecer por esse momento, ele foi em paz e toda a família agradece também”, declarou Luciano Nogueira Guimarães, neto de Arthur.

Zulena Mendes dos Santos e Neide Brito Santos destacam as qualidades de cristão, sempre elevadas em Sr. Arthur. “Ele era dedicado ao serviço do Senhor. Toda vida amou e zelou a 2ª Igreja Batista e zelava a segunda-igreja. Foi um exemplo de vida aqui pra gente, sempre dedicado ao evangelho; criou todos os filhos no evangelho”, afirmou Zulena. Neide Brito Santos reforçou: “Até os 99 anos, ele foi um exemplo de vida como pessoa e como cristão dedicado o serviço do Senhor, zelando pela causa. Ele tinha um amor imensurável ao nosso Deus e também à casa do Senhor”, acrescentou.

A nora do Sr. Arthur, Ana Lúcia Nogueira Guimarães, esposa de Dário Loureiro Guimarães, guardará na memória e no coração os ensinamentos do sogro e amigo. “Foi um exemplo de vida para nós que convivemos com ele. Ele sempre tinha uma lição para nos passar e foi assim com os meus filhos desde crianças, adolescentes. Tinha uma frase que ele sempre dizia que era: ‘jovens, ouçam a voz da experiência porque o futuro dirá quem tem razão’. É uma frase que não era dele, mas que ele sempre falava para que os jovens observassem o que os mais velhos tinham de experiência. Agora ficam os seus ensinamentos, a saudade porque é grande, o carinho que ele teve com a gente. A gente vai sentir muito porque ele fazia questão que nós fossemos tomar café na casa dele. Era uma alegria pra ele e pra gente ter essa convivência familiar; ele sempre tinha uma palavra pra todos nós”, recorda.

Ao jornal Valença Agora, o filho Dário Loureiro fez um relato marcante sobre o testemunho de vida do pai. “Minha declaração é uma declaração fidedigna de quem acompanhou meu pai todos os anos. Meu pai conversava muito comigo e fazia declarações extraordinárias da forma de viver, e tanta sabedoria fez com que ele vivesse até os 99 anos. Meu pai mais uma vez fez cumprir a Palavra, quando no discurso da montanha Jesus disse que os mansos herdarão a terra, e esse ‘herdarão a terra’ quer dizer viver muito, e meu pai viveu muito; com a mansidão, que não significa ser bobo; mansidão significa ter o controle emocional e isso meu pai sempre teve. Isso é o que Jesus disse, que a pessoa que tem o controle emocional ganha de prêmio a longevidade que ele teve. 99 anos e sempre viveu com alegria, deixando pra gente essa Palavra que eu vou dar, de que, se eu tivesse que escolher - Deus que me colocou nessa família que tenho - mas se fosse para escolher hoje, eu escolheria ser filho do meu pai, ser filho do Sr. Arthur Guimarães, homem simples, trabalhador padrão do operariado; ele recebeu o título de operário padrão da Bahia e hoje eu dou o título de pai padrão. Valença chama seu Arthurzinho de irmão, irmão ‘pra cá’, irmão ‘pra lá’, uma forma carinhosa de retribuir o respeito, o carinho que ele tem com o seu próximo”, compartilhou.***

*** Confira esta reportagem completa na edição impressa nº 666 do Jornal Valença Agora.

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Fotos: Jornal Valença Agora

 

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